O cantor sertanejo Almir Matias da Silva, mais conhecido como Almir Mattias, teve seu destino judicialmente traçado após uma série de reviravoltas em sua vida. Condenado em primeira instância a 2 anos e 4 meses de reclusão em regime aberto, sua pena foi substituída por uma nova forma de redenção: a prestação de serviços à comunidade e o pagamento de 50 salários mínimos a uma instituição de caridade.
Essa sentença se originou de um turbilhão de acontecimentos que começaram com sua detenção no final de agosto, em meio a uma operação da Polícia Federal contra fraudes na compra de respiradores para o tratamento da COVID-19 em Guarujá, no litoral de São Paulo. A acusação que pesou sobre Almir foi a de distribuição e entrega de produtos falsificados, corrompidos, adulterados ou alterados, sem o devido registro nos órgãos de Vigilância Sanitária.
Seu advogado, José Eduardo Santos, afirmou à Splash que a defesa está confiante em um recurso, argumentando pela atipicidade do crime e buscando a absolvição. Entretanto, mesmo com a liberação mediante o pagamento da multa, Almir permanece detido devido a outro mandado de prisão preventiva emitido pelo Tribunal Regional Federal.
O enredo se complica ainda mais com as relações políticas envolvidas. Em uma entrevista ao Fantástico em maio, o prefeito negou qualquer proximidade com Almir, mas a polícia descobriu registros de mensagens trocadas com a primeira-dama solicitando a retirada de R$ 50 mil com o cantor, em uma transação que as investigações apontam como propina. O prefeito, Valter, chegou a ser preso, mas atualmente responde em liberdade.
Em meio a todas essas reviravoltas, Almir publicou um comunicado em seu perfil do Instagram, reafirmando sua inocência e confiando na Justiça Divina. Com palavras de respeito, carinho e gratidão aos seus fãs, familiares e amigos, ele busca forças para enfrentar os desafios que o destino lhe reservou.