Na quarta-feira (28), a Polícia Federal deflagrou uma operação contra um grupo de extermínio que utilizava drones e prostitutas para espionagem. A investigação teve início após o assassinato do advogado Roberto Zampieri em Mato Grosso.
Zampieri era peça central no inquérito, com seu celular contendo registros de negociações sobre venda de sentenças judiciais, envolvendo juízes de diversos tribunais e até ministros do STJ. Cinco mandados de prisão foram cumpridos contra membros da agência de espionagem e extermínio, composta por militares da ativa e da reserva, além de civis.
O grupo tinha uma tabela de preços de espionagem, onde ministros do STF custavam R$ 250 mil, senadores R$ 150 mil e deputados R$ 100 mil. Esta é a sétima fase da operação que investiga a venda de decisões judiciais em tribunais de Mato Grosso e no STJ, revelando uma organização criminosa dedicada a homicídios por encomenda e monitoramento ilegal, autodenominada “Comando C4”.
O senador Rodrigo Pacheco foi mencionado nas anotações do grupo como alvo de interesse, sendo investigado para determinar a extensão e motivo do monitoramento. Em nota, Pacheco repudiou a intimidação a autoridades e pediu que a lei seja aplicada.
