Em investigação própria, família de Thiago, jovem morto na Cidade de Deus, diz que PMs em um carro descaracterizado atiraram nele

Os parentes fizeram uma investigação própria e entregaram à Delegacia de Homicídios e à Defensoria Pública imagens de 6 câmeras com outros ângulos do incidente.

A família de Thiago Flausino diz ter descoberto novas pistas sobre a morte do jovem, na madrugada de 7 de agosto, na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo essa denúncia, PMs fardados em um carro prata descaracterizado perseguiram Thiago, que estava na garupa de uma moto, e atiraram nele.

Os parentes fizeram uma investigação própria e entregaram à Delegacia de Homicídios e à Defensoria Pública imagens de 6 câmeras com outros ângulos do incidente. Nesses novos registros, segundo os familiares, não há sinais de confronto — como foi alegado pela PM.

O conjunto de gravações mostra um carro prata perseguindo a moto de Thiago e três homens correndo pela Estrada Miguel Salazar Mendes de Morais. Para a família, são 3 dos 4 PMs que estavam no encalço do garoto.

Versão contestada
Na época, a Polícia Militar tinha dito que dois homens em uma moto atiraram contra a guarnição e que, após o confronto, um adolescente foi encontrado atingido e não resistiu aos ferimentos. E que uma pistola, calibre 9 milímetros foi apreendida no local.

“Todos sabemos que não houve confronto. Como o Thiago teria atirado num carro descaracterizado? Não houve confronto, houve uma abordagem desastrosa”, declarou Hamilton Flausino, tio do rapaz.

A Polícia Militar não comentou sobre a nova denúncia. Informou apenas que colabora com as investigações da Polícia Civil e que determinou a transferência de unidade e afastamento dos 6 agentes do Batalhão de Choque que atuaram na noite em que Thiago foi baleado.

By Godofredo Mofarej

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