China responde a Trump e impõe tarifas de até 15% sobre produtos dos EUA

A China anunciou novas tarifas de até 15% sobre produtos dos Estados Unidos, incluindo carvão, gás liquefeito de petróleo (GLP), petróleo bruto, maquinário agrícola, picapes e alguns carros esportivos. A medida foi uma resposta direta ao tarifaço de Donald Trump, que entrou em vigor nesta terça-feira (4), impondo uma alíquota de 10% sobre mercadorias chinesas que chegam aos EUA.

A decisão do governo chinês intensifica a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, reacendendo temores de impactos negativos no comércio global e no crescimento econômico.

Escalada nas tensões comerciais

A retaliação da China veio logo após Trump implementar tarifas generalizadas sobre produtos chineses, com a justificativa de conter práticas comerciais desleais e combater a entrada de fentanil nos EUA. Além da China, México e Canadá também estavam na mira do republicano, mas conseguiram negociar um adiamento de um mês para a aplicação das tarifas de 25%.

Fontes do governo chinês indicam que novas sanções podem ser anunciadas caso Trump amplie as tarifas ou adote novas medidas restritivas.

Impactos no comércio global

As sanções impostas por ambos os países devem afetar setores estratégicos, elevando os custos de importação e pressionando a inflação global. Especialistas apontam que a guerra comercial pode levar a disrupções nas cadeias de suprimentos, impactando empresas e consumidores dos dois lados.

Além disso, a decisão da China de taxar petróleo e maquinário agrícola dos EUA pode afetar diretamente produtores americanos, especialmente os do setor energético e agrícola, que dependem do mercado chinês para exportação.

O que vem a seguir?

A retaliação da China sinaliza que o país não pretende recuar frente à pressão dos EUA e está disposto a responder a cada nova investida de Trump. O mercado financeiro global deve continuar monitorando os desdobramentos dessa disputa, já que novas tarifas e restrições comerciais podem agravar ainda mais a situação econômica internacional.

By Paula Santinati

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