Na tarde desta segunda-feira (20), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) testemunhou a presença de defensores em uma audiência crucial de instrução e julgamento. O foco estava nos policiais militares acusados de disparar contra Kathlen Romeu, uma jovem grávida que perdeu a vida em julho de 2021, no Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio.
Kathlen, então com 24 anos e quatro meses de gravidez, foi vítima de um tiro fatal de fuzil no peito durante um confronto entre criminosos e policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Na ocasião, os policiais alegaram ter reagido a um ataque dos criminosos.
O processo de investigação revelou detalhes perturbadores. Em dezembro de 2021, cinco policiais militares foram acusados pelo Ministério Público do Estado (MPRJ) de falso testemunho e fraude processual. Dois desses PMs, Marcos Felipe da Silva Salviano e Rodrigo Correia de Frias, são especificamente acusados de homicídio, pois patrulhavam a área onde Kathlen foi atingida.
Além das acusações de homicídio, eles enfrentam processos por fraude processual, suspeitos de terem manipulado a cena do crime.
A mãe de Kathlen expressou sua indignação durante o processo, destacando a gravidade do ocorrido e a impunidade dos responsáveis. Sua dor é evidente, pois os responsáveis pela morte de sua filha continuam livres, enquanto ela luta por justiça e enfrenta o vazio deixado pela perda irreparável.
